É o que vive a protagonista desta história a partir de um dia em que se vê entediada... Todos na sua casa têm algo importante para fazer e parecem não perceber as cartas que chegam. Porém, a menina se dá conta de que nenhuma delas está endereçada a ela... que estranho!
12 de fevereiro de 2016
Sete cartas de outro planeta
É o que vive a protagonista desta história a partir de um dia em que se vê entediada... Todos na sua casa têm algo importante para fazer e parecem não perceber as cartas que chegam. Porém, a menina se dá conta de que nenhuma delas está endereçada a ela... que estranho!
O menino Nito
11 de fevereiro de 2016
Biblioteca livre
Hoje fiz um passeio pela região serrana da minha cidade, Macaé, e conheci uma biblioteca livre organizada por professores e alunos do local, com o intuito de promover o acesso aos livros e à leitura. A proposta é levar um livro e deixar outro, fazer os livros circularem, serem lidos pelo maior número de pessoas...
Sou fã de ações desse tipo e deixei uma pequena contribuição por lá.
Esta biblioteca está situada em Córrego do Ouro, na serra macaense. Vale a pena conhecer e participar!
7 de fevereiro de 2016
Árvore
Um passarinho pediu a meu irmão para ser a sua árvore.
Meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho.
No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de sol, de céu e de lua mais do que na escola.
No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo mais do que os padres lhe ensinavam no internato.
Aprendeu com a natureza o perfume de Deus.
Seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor o azul.
E descobriu que uma casca vazia de cigarra esquecida no tronco das árvores só presta para poesia.
No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores são vaidosas.
Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se transformara, envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pássaros.
E tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos brejos. Meu irmão agradeceu a Deus aquela permanência em árvore porque fez amizade com muitas borboletas.
2 de fevereiro de 2016
Poesia... alimento para a alma
Eu bem sabia que a nossa visão é um ato
poético do olhar.
Assim aquele dia eu vi a tarde desaberta
as margens do rio.
Como um pássaro desaberto em cima de uma pedra
na beira de um rio.
Depois eu quisera também que a minha palavra
fosse desaberta na margem do rio.
Eu queria mesmo que as minhas palavras
fizessem parte do chão como os lagartos
fazem.
Eu queria que minhas palavras de joelhos
no chão pudessem ouvir as origens da terra.
Menino do mato, Manoel de Barros.
Um pouco de poesia...

Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não
pode fazer parte do orvalho como as pedras
fazem.
Porque o homem não se transfigura senão
pelas palavras.
E isso era mesmo.
Menino do mato, Manoel de Barros.