12 de fevereiro de 2016

Sete cartas de outro planeta

E se de repente, começassem a aparecer umas cartas "estranhas" em sua casa? E se elas estivessem vindo de outro planeta? ??
É o que vive a protagonista desta história a partir de um dia em que se vê entediada... Todos na sua casa têm algo importante para fazer e parecem não perceber as cartas que chegam. Porém, a menina se dá conta de que nenhuma delas está  endereçada a ela... que estranho!
Sete cartas de outro planeta, de Ana Cristina Melo com ilustrações de Patricia Melo. Editora Bambolê. 

O menino Nito

Outro dia fui à biblioteca pública daqui e entre tantos livros que folheei, este foi especial.
Trata-se da 2ª edição do livro O menino Nito, da autora Sonia Rosa. Este conta com as ilustrações de Cristina Azevedo, que muitas vezes se parecem com fotografias.
Aqui no sótão tenho a 4ª edição que é ilustrada por Victor Tavares, editado pela Pallas Editora.

Nito era muito amado por sua família desde que nasceu. Conforme foi crescendo ele chorava por tudo e isso incomodava seus pais, que achavam que todo aquele choro era pura manha... Até que um dia o pai de Nito o chama num canto e fala bem sério: Homem não chora! Você é macho e não deve ficar por aí chorando à toa!
Desse dia em diante, o menino passou a engolir todos os seus choros.



Ele engoliu tantos choros que aos poucos foi parando de brincar, de correr... Ficou tão pesado que com o tempo nem conseguia levantar da cama. E foi então que seus pais ficaram preocupados, achando que Nito estava doente. Trataram logo de chamar o doutor que após conversar com o menino deu um diagnóstico preciso: Ele só precisa desachorar!


Nito colocou para fora todos os seus choros que tinham sido engolidos!Seus pais ficaram tão sentidos que choraram junto com o menino.


E desde então, todos aprenderam que chorar às vezes faz bem e Nito entendeu que não precisava chorar sem razão.

11 de fevereiro de 2016

Biblioteca livre

Hoje fiz um passeio pela região serrana da minha cidade, Macaé, e conheci uma biblioteca livre organizada por professores e alunos do local, com o intuito de promover o acesso aos livros e à leitura. A proposta é levar um livro e deixar outro, fazer os livros circularem, serem lidos pelo maior número de pessoas...
Sou fã de ações desse tipo e deixei uma pequena contribuição por lá.
Esta biblioteca está situada em Córrego do Ouro, na serra macaense. Vale a pena conhecer e participar!

7 de fevereiro de 2016

Árvore

Um passarinho pediu a meu irmão para ser a sua árvore.
Meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho.
No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de sol, de céu e de lua mais do que na escola.
No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo mais do que os padres lhe ensinavam no internato.
Aprendeu com a natureza o perfume de Deus.
Seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor o azul.
E descobriu que uma casca vazia de cigarra esquecida no tronco das árvores só presta para poesia.
No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores são vaidosas.
Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se transformara, envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pássaros.
E tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos brejos. Meu irmão agradeceu a Deus aquela permanência em árvore porque fez amizade com muitas borboletas.

2 de fevereiro de 2016

Poesia... alimento para a alma


Eu bem sabia que a nossa visão é um ato
poético do olhar.
Assim aquele dia eu vi a tarde desaberta
as margens do rio.
Como um pássaro desaberto em cima de uma pedra
na beira de um rio.
Depois eu quisera também que a minha palavra
fosse desaberta na margem do rio.
Eu queria mesmo que as minhas palavras
fizessem parte do chão como os lagartos
fazem.
Eu queria que minhas palavras de joelhos
no chão pudessem ouvir as origens da terra.

Menino do mato, Manoel de Barros.

Um pouco de poesia...



Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não
pode fazer parte do orvalho como as pedras
fazem.
Porque o homem não se transfigura senão
pelas palavras.
E isso era mesmo.

Menino do mato, Manoel de Barros.