2 de fevereiro de 2016
Poesia... alimento para a alma
Eu bem sabia que a nossa visão é um ato
poético do olhar.
Assim aquele dia eu vi a tarde desaberta
as margens do rio.
Como um pássaro desaberto em cima de uma pedra
na beira de um rio.
Depois eu quisera também que a minha palavra
fosse desaberta na margem do rio.
Eu queria mesmo que as minhas palavras
fizessem parte do chão como os lagartos
fazem.
Eu queria que minhas palavras de joelhos
no chão pudessem ouvir as origens da terra.
Menino do mato, Manoel de Barros.
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